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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

OS NÚMEROS DA ARBITRAGEM ALAGOANA NA 2ª DIVISÃO

Demorou, mas nunca é tarde para fazer as coisas certas. Depois de muito pedirmos, criticarmos e mostrarmos para a Comissão de Arbitragem que o Campeonato da Segunda Divisão serve para dar experiência aos jovens árbitros e prepara-los para chegar a uma Primeira Divisão, Hércules Martins, Presidente da CEAF-AL, resolveu fazer uma competição bastante democrática em 2013. Colocando os jovens valores para atuar e dando também confiança e ritmo aos que já labutam na arbitragem com um certo tempo. 
Diferente de alguns anos que a Segundona era meio de vida de alguns poucos árbitros.

O Notícia na Mira vem mostrar com números exatamente o que afirmamos, contando a quantidade de participação de cada árbitro central e assistentes. É com esses números que poderemos afirmar que esta competição foi sem dúvida um grande laboratório e com um aproveitamento fantástico para que a Comissão possa realmente avaliar seus membros e continuar escalando os mesmos nos grandes jogos e nas grandes competições.

Falei foi, mesmo sem ter terminado ainda o campeonato. É que nestas fases finais, segundo o regulamento da competição em seu Artigo 43 acaba com o experimento e as observações dos novos valores, em compensação o mesmo diz que só poderão ser escalados os árbitros e assistentes do quadro da CBF e/ou FIFA. da FAF.  Conforme acertado no Conselho Arbitral da competição.


Vamos aos números de cada Árbitro:
 Agora o número dos assistentes:
4º Árbitro:
Conclusão:
O Árbitro que mais trabalhou apitando foi o CBF, Reinaldo Figueiredo com 4 atuações.
O Árbitro que mais atuou foi o Denis Ribeiro Serafim com 5 participações, sendo 3 arbitragens e 2 suplências(4º Árbitro).
O Assistente Thalis Augusto Monteiro que pertence ao quadro da CBF participou de todas as rodadas.
Foram utilizados em todas as seis rodadas 12 Árbitros Centrais, 20 Assistentes e 12 Árbitros Suplentes.
Os Árbitros do quadro da CBF atuaram juntos por 12 partidas, o que dá uma média de 2 por rodadas.
Já os Árbitros da FAF atuaram juntos em 16 jogos, o que dá uma média aproximada de quase 3 por rodada, exatamente o que seria caso na última rodada dois jogos não fossem cancelados.
Os Assistentes da CBF trabalharam muito nesta competição, um total de 34 participações em 28 jogos, o que significa  a teoria do experimento com os árbitros novos, pois os CBFs tem mais experiencia e passa uma tranquilidade maior para os que estão começando sua carreira no futebol profissional.

Para terminar, uma opinião pode ajudar ainda mais a Arbitragem Alagoana. Acho também que os Assistentes novos deviam trabalhar mais com os Árbitros experientes, para pegar cancha. E em relação a renovação, deveria se olhar melhor para os assistentes, pois em Alagoas se renova muito mais apitadores do que bandeirinhas. 
E no contexto geral, uma hora parar de renovar e maturar os que ai já estão.

Esta Segunda Divisão mostrou que quando se quer fazer a coisa certa, se faz. Sabemos também que as coisas só funcionaram, por causa da ausência de alguns velhos vícios que ficaram de fora. 1ª Divisão vem ai, vamos está acompanhando tudo de perto.

Parabéns a CEAF-AL.

OBS 1: Os nomes dos Árbitros e Assistentes na cor vermelha são os que pertencem ao quadro da CBF. 
OBS 2: Na última rodada, a 6ª da competição, a pedido dos clubes a FAF cancelou duas partidas.

Pensamento:
Chamamos de Ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de Caráter
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domingo, 21 de abril de 2013

MATÉRIA ESPECIAL - QUINTA E ÚLTIMA PARTE - DRA. MARTA MAGALHÃES PSICÓLOGA DO ESPORTE NA ARBITRAGEM



Agora podemos dizer que estamos realmente encerrando a  série de entrevistas especiais que estamos fizemos sobre a  arbitragem nacional em especial os dirigentes e colaboradores da Comissão de Arbitragem Nacional. 
Já entrevistamos ,  Sérgio Correa, Dr. Paulo Jorge ,  Dr. Edson Rezende e o Professor Paulo Camelo,como  vocês podem conferir acessando estes links.





Para encerrar esta bela sequência nada melhor do que conversar com a Dra. Marta Magalhães, Psicóloga do Esporte, seu trabalho está literalmente ligado a Arbitragem Nacional. Conheça um pouco de uma das mais respeitadas profissionais do mundo da bola Brasuca e a sua real função na arbitragem Brasileira:

Poderia informar seu currículo enquanto psicóloga do esporte? Soube que a Sra. trabalha como professora na rede pública. Como é este trabalho?
Sou Psicóloga do Esporte Pós Graduada pelo Instituto Sedes Sapientiae, São Paulo. Estou na Arbitragem de Futebol desde 2004, já atuei junto a Ginástica Artística, faço atendimentos para atletas, e consultorias esportivas.
Quanto à Rede Pública, trabalhei na formação de Magistério, sou Psicóloga, Psicóloga Escolar e Pedagoga, atualmente ocupo o cargo de Orientadora de Estudos e Pesquisas da Escola de Tempo Integral, no Município de Guarulhos, São Paulo.

1-Qual é a sua função junto a C. A. da CBF? Qual a diferença entre uma psicóloga e uma psicóloga do esporte?
A função na CA/CBF é de Psicóloga do Esporte na Arbitragem, trabalho com o Pilar Mental junto aos árbitros de futebol do Quadro Nacional Brasileiro.
A Psicologia é o estudo dos fenômenos psíquicos e do comportamento do ser humano, a Psicologia do Esporte, estuda o comportamento do ser humano envolvido no contexto esportivo, e do exercício físico. O objetivo da Psicologia esportiva é compreender como os fatores psicológicos podem influenciar o desempenho físico, o desenvolvimento emocional, a saúde e o bem estar.

2– Há quanto tempo trabalha com os árbitros e como é feita a comunicação com eles, haja vista a distância dos estados em relação a sede da CBF. Como minimizar isto?
Trabalho com os árbitros desde 2004, a comunicação é realizada nos diferentes treinamentos realizados pela CA/CBF, nos campos de jogo, no consultório, através de e-mails, Skype, e telefone.

3 –Como surgiu essa parceria?
Surgiu de um convite do Sr Sergio Correa para fazer trabalhos psicológicos no Sindicato dos árbitros em 2004, em seguida alguns trabalhos na Pré-Temporada da Federação Paulista, depois acompanhamento aos árbitros da CBF junto ao Pilar Mental desde 2007.

4 –Qual a principal diferença de trabalhar com os árbitros e pacientes comuns?
Trabalhar com o Cliente Humano, significa acompanhá-lo em sua queixa, e ajudá-lo a encontrar sentido em sua história, e na forma de intervir com ela, seja nos contatos consigo, com o meio, e com o outro. Trabalhar com árbitros significa fazer tudo o que esta citado acima, pois antes dele ser árbitro, ele é um Homem, E também buscar compreender os fenômenos psíquicos que possam alterar comportamentos, desempenho, saúde, e bem estar. Sempre visando promover a saúde, a comunicação, as relações interpessoais, a liderança e a melhoria no desempenho esportivo.

5 –Pela pressão exercida sobre estes profissionais, creio eu que os fatores Psicológicos sejam bastante exigidos, como à senhora trabalha isso com todos eles? A sra já foi a uma partida de futebol com elevada carga de pressão?
A pressão é muito alta, os fatores psicológicos trabalhados dependem da singularidade de cada árbitro, seja na confiança, segurança, motivação, tomada de decisão, atenção, concentração, entre outros.
Já participei de várias partidas de futebol, desde as consideradas, um grau de pressão fácil, médio, e difícil, o trabalho psicológico realizado passa pelo Plano de Trabalho do Árbitro em Equipe, e pelo Plano de Trabalho Individual, sempre voltado para seu foco no aqui e agora de forma que a consciência seja a mais plena possível.

6 – O atual momento da arbitragem anda exigindo árbitros jovens, o fator psicológico não é mais evidente neles por falta de experiência? Qual a maturidade deles para grandes jogos?
O árbitro ao estudar as regras, treinar fisicamente, e aplicar esse conjunto em campo de jogo, ele esta buscando compreender e aprender com cada situação. Esse processo desenvolve a abertura para as novas experiências no campo vivido, e sua leitura de jogo ganha mais consistência, profundidade e precisão. Com isso, apropria-se das próprias experiências, favorecendo, assim a tomada de decisão, e a maturidade deles para os grandes jogos.

7 –Dentro da sua área, quais os maiores problemas enfrentados pelos árbitros brasileiros?
Questões culturais, treinos associados ao trabalho, viagem, família, e principalmente o respeito pelo seu trabalho, que toma inúmeras decisões em curto espaço de tempo.

8 –Quando um árbitro apresenta um quadro de anormalidade Psicológica, como a senhora faz o acompanhamento e tratamento?
Cada caso é um caso, e faz o que se precisa, no momento certo, se preciso encaminhar aos cuidados médicos, assim é feito. Um bom acolhimento - escuta apropriada, e presença efetiva, normalmente são os caminhos adotados. Não me lembro de um caso de anormalidades, lembro-me de   questões humanas, precisando de acolhimento, ressignificação e contorno.

9 –Assim como o Professor Paulo Camelo, a senhora também é muito bem vista pelo grupo, qual o segredo do seu trabalho?
Num primeiro momento ser capaz de dar a atenção devida, e acolher a demanda, e depois, trabalhar o que é preciso. Afinal cada um assume sua responsabilidade e habilita melhores respostas, seja no nível motor, cognitivo, afetivo entre outros.

10 -quantos profissionais do esporte estão trabalhando na arbitragem?
Ainda sonho com que cada Federação tenha seu Psicólogo, hoje ainda o numero de Psicólogos da Arbitragem é pequeno, mas estamos dia a dia aumentando o numero de profissionais desta modalidade.
11 -A Sra já participou de pré-temporadas pelo Brasil? Se sim, o que tem encontrado?
Sim, já participei, e como disse anteriormente, as questões singulares, e locais são muito diversificadas, tais como: hábitos cotidianos, grau de instrução, meios de transporte, dirigentes locais, questões financeiras, recursos físicos e humanos. Essas questões são cuidadas na esfera individual, e na esfera da padronização Brasileira, na medida do possível.

12 -A sra participou de quantos cursos de elite na CBF? Tem uma ideia de quantos passaram pelo seu trabalho?
Inúmeros cursos, ao longo dos anos, centenas de árbitros envolvidos nesse trabalho. Nossos árbitros promissores estão na ativa e se saindo bem, dia a dia, amadurecendo na função. Os antigos árbitros estão com postura resinificada  pois as exigências foram alteradas, e sua posição diante da arte de arbitrar foi alterada também.

13 -Como era trabalhar com a antiga CA e como é trabalhar com a nova?
Quando o OBJETIVO do trabalho é o mesmo, só muda a forma de falar, trata se de um trabalho contínuo, e em busca da assertividade, portanto, é tranquilo.

14 -Os dirigentes e instrutores passaram pelo seu "divã" na antiga gestão? E os atuais? Isto precisa ou não ser feito?
Sempre quando se precisa, todos nós passamos por um filtro, eu passo, e todos passam. Isso é saudável, inteligente e da noção de pertencimento ao grupo, da sentido a equipe, que só funciona bem quando podemos trabalhar em conjunto e resignificar quando é necessário.

15 –A Sra. sendo professora há muitos anos e tendo participado curso FIFA para instrutores pode fazer um diagnóstico de como será a arbitragem e, claro, se os instrutores formados estão a altura da missão a ser cumprida?
Todos os instrutores que se submeteram ao curso de Instrutor têm condições de avançar quando se reciclam continuamente. Quando trocam, e se submetem as avaliações da Instrução. Estão sempre atualizados com os informes da Fifa, CBF, caso contrario, é difícil, se manter na Instrução.

16 –Qual a diferença entre a arbitragem masculina e feminina. Como a sra lida com estas questões. Por exemplo, um dirigente tendo um parente na arbitragem ajuda ou atrapalha? Como lidar com isto?
Questões de gênero são inúmeras, e nada deixa a desejar se bem trabalhadas. Precisamos lidar melhor com a abrangência do feminino, num lugar altamente masculino. Toda relação de parentesco, gera falas, o que precisamos ter como ponto, é a ética e o comprometimento com o trabalho. Tem momentos que ajuda, e têm momentos que atrapalha, em todos os cantos, as polêmicas serão intensas, se o próprio meio alimenta esse ou aquele comentário. Lidar com isso, de forma natural e com a realidade que existe, é o dever e o direito de cada um, ao exercer uma função. Sempre buscar o sentido comum e justo, é a melhor opção.

17 –Dentro do aspecto psicológico, se a sra pudesse dar um único conselho para o árbitro de futebol melhorar sua performance qual seria? Esta pergunta vale também para o assistente, cuja missão é complexa e depende de posicionamento correto, atenção, etc bem como para o dirigente de arbitragem melhorar sua gestão. Qual seria este conselho para cada um deles?
Que cada um aproprie-se cada vez mais de si, e que a medida que os treinos sejam efetivos, faça o que pode, com o seu melhor, e cada ação é uma ação, portanto, faça o melhor no AQUI E AGORA, o resultado é fruto da construção do passado, do fazer no presente, e da colheita no futuro.

18– No aspecto psicológico, qual a mensagem para os torcedores que bradam contra o trabalho da arbitragem, os jornalistas que questionam, os nossos leitores e para os árbitros e, finalmente, para aqueles que pensam em seguir esta árdua missão?
Espero que todos procurem conhecer as regras do futebol, procurem olhar para o arbitro como um ser humano, que sempre busca fazer o melhor. Que respeitem o Homem com sua origem, e não misturem os momentos da paixão com a cegueira do discernimento. Que as criticas sejam construtivas e de proveito. Que os interessados, entendam que o trabalho é intenso, sério e de grande emoção ao que compete ao senso de justiça e de fundamento arbitral.

Gostaríamos de agradecer a atenção da Dra. Marta, sabíamos que não seria diferente, pois tive o prazer de conhece-la no último Congresso da ANAF em São Paulo em Novembro de 2012 e além de uma profissional respeitada ela é um doce de pessoa, muito atenciosa e educada.Espero encontra-la em outras situações.

Acredito amigos do Notícia na Mira que vocês tenham gostado da série de matérias especiais que produzimos em nosso espaço na internet, acreditamos também que os nossos leitores ficaram conhecendo um pouco dos dirigentes e colaboradores da arbitragem nacional. Esperamos realizar outras séries e entrevistas com a cúpula da arbitragem nacional em breve.

Abraço do Paulo Lira.
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quarta-feira, 6 de março de 2013

MATÉRIA ESPECIAL - QUARTA PARTE - PROFESSOR PAULO CAMELLO - PREPARADOR FÍSICO DA CBF

Nossa admiração pelo assunto Arbitragem falou mais alto e resolvemos continuar as nossas matérias especiais com os integrantes da Comissão de Arbitragem de Alagoas, a C.A. CBF. Já conversamos com o Corregedor Dr. Edson Resende, com o Ouvidor Dr. Paulo Jorge Alves e também com o Diretor da Arbitragem da CBF, Sérgio Correa da Silva.
E dessa vez vamos conversar com o Professor Paulo Camello, o responsável pelo acompanhamento físico da arbitragem nacional e não é só isso. 

Acompanhem a entrevista e conheçam mais este profissional respeitado por todos as árbitros do Brasil.

Poderia informar seu currículo enquanto educador físico?

Formei-me em Licenciatura Plena, pela Univ. Gama Filho em agosto 1987. Com especialização em Treinamento Desportivo pela própria Gama Filho em 89/90 e futebol em 91 pela UFRJ.
Trabalhei durante 20 anos no Fluminense FC, no Rio Grande do Sul e Goiás.

1 - Há quanto tempo está trabalhando com os árbitros? Trabalha sozinho?

São sete anos e desde 2009, dividindo os trabalhos com o Prof. Dionísio Domingos.

2 - Como surgiu a oportunidade?

Iniciei a convite da entidade em final de 2005, onde já trabalhava desde final de 1990  prestando serviços, primeiro como avaliador físico das seleções, e a partir de setembro de 1995 passando a ser também preparador físico das seleções nacionais. Com a arbitragem, foi visando a preparação dos árbitros brasileiros designados para Copa do Mundo da Alemanha em 2006. Naquela época houve mudanças drásticas nos testes físicos, necessitando uma nova metodologia de treinamento e adaptação por parte dos árbitros de todo o mundo. Inclusive os nossos.

3 - Soube que o senhor também foi Preparador físico de clubes e das seleções de base da CBF. 
Qual a principal diferença entre os jogadores de base, profissional (times considerados grandes e pequenos), em relação aos árbitros na preparação física? 
Quem sua mais?

Bem, na verdade, os jogadores ainda apresentam um volume de trabalho maior que os árbitros, pelo fato de serem profissionais e normalmente somente exercerem esta profissão. Por isso, tem um volume maior de horas voltadas ao treinamento físico que os árbitros. No entanto, nos últimos anos, o processo de cobrança físico imposto aos árbitros se elevou, provocando alterações drásticas na forma, e nos números de horas treinadas por eles. Este processo foi alavancado pelas determinações da FIFA, em evoluir grandemente o nível físico, técnico e psicológico dos árbitros internacionais. Isto acabou sendo determinante, para que nos adequássemos a esta nova fase do futebol internacional e também nacional. E assim tem sido feito e continua evoluindo.

4 - Como anda a atual situação física dos árbitros brasileiros?

Para nossa alegria, evoluímos significativamente no aspecto físico, já que o processo que começou em 2006 foi progressivamente sendo posto em prática em todo o país, e todos foram se adequando as novas realidades, não sem antes, sofrer bastante, já tudo que se fazia até então, teve que ser modificado. Metodologia de trabalho, controle físico, técnico e psicológico. Mas podemos dizer que atualmente nosso quadro nacional, tem tido aprovação em torno de 90% nas avaliações físicas que seguem o padrão Fifa. Logicamente existem alguns problemas, mas continuamos num processo evolutivo. 

5 – Qual região tem a maior dificuldade em cumprir as exigências físicas atuais?

Eu diria que hoje, temos um equilíbrio de norte a sul do país. Variando muito pouco, se analisarmos percentuais de dificuldade em cumprimento das exigências físicas.

6 – É feito algum acompanhamento da composição corporal?

Sim, estamos já ha algum tempo, tentando avançar também neste aspecto, em todos os estados. Procurando sugerir melhoria neste aspecto também com os Preparadores estaduais. Para que a apresentação física visual também seja adequada.

7 – Tem árbitros que tem uma compleição física de que esta acima do peso. 
Ele passa no teste, mas parece estar fora de forma. Como o setor encara isto? 
O Sr. tem conhecimento de como a CA encara isto?

Sim, sem dúvida. Estes casos são até mais comuns do que possa parecer. É importante explicar, que o sobrepeso, é sempre uma grande preocupação da preparação física e médica. Porém, ela muitas vezes não é determinante para reprovação nas avaliações físicas de campo. Pois alguns árbitros, apesar de carregarem este excesso de peso, que certamente dificulta bastante seu desempenho, no entanto, no momento de seu rendimento no teste, muitas vezes conseguem superar o rendimento de alguns bem mais magros, e serem aprovados na pista.
Nossa maior preocupação é que este árbitro compreenda que isso provoca um desgaste desnecessário ao seu corpo, sendo muito prejudicial a sua saúde. Desta forma, solicitamos que inicie em seu estado, um novo regime alimentar indicado por um profissional da área nutricional, para possa reverter este quadro de forma equilibrada, evitando situações de risco. Se o mesmo, não apresentar nos meses seguintes nenhuma melhora, poderá ser notificado pela CA nacional, seu afastamento temporário até que se adeque as normas pedidas. Esta observação é também muito observada pela Fifa em seus quadros.

8 – Os pilares físicos, técnicos e o psicológico se reúnem para cuidar do calendário das avaliações, ou tudo era feito pela CA e determinado aos pilares?

Os três primeiros sim. O mental, apenas nos cursos.

9 – Qual sua opinião sobre a Escola Nacional de Arbitragem. O que ela poderá ajudar na melhoria do desempenho da arbitragem? Qual será a sua função na ENAF?

Acredito que a Escola Nacional poderá contribuir na elaboração, coordenação e desenvolvimento das atividades que promovem o processo evolutivo da arbitragem nacional, em conjunto e cooperação com os demais órgãos formativos estaduais, e de classe, que devem conjugar suas forças, para melhoria da qualificação e das condições de trabalho dos árbitros do país. Este órgão vai tirar da CA uma carga muito grande de preocupação.

Em abril teremos um novo curso de atualização promovido pelo Programa de Desenvolvimento da Arbitragem da FIFA. Este curso será realizado, de 17 a 21 de abril de 2013 em Vitória – ES. Mais uma vitória da CA-CBF.

10 – Como o senhor acompanha todos eles com as distâncias que nos separam?

Estamos em fase de desenvolvimento de projetos, com a delegação de atribuições de observação e controle, por parte dos professores locais, que são os que convivem mais de perto com eles. Observamos também os relatórios dos observadores técnicos que fazem pontuações sobre os aspectos físicos dos árbitros nas partidas e ajudam neste controle a distancia. E temos alguns casos dos árbitros de elite, aspirantes e promissores, que são monitorados por alguns frequencímetros, que armazenam informações sobre os jogos e os treinamentos que fazem durante a semana, facilitando nossa visualização do que está sendo feito.

11 – Tenho acompanhado vários testes físicos aqui em Alagoas, só de olhar já me deixa cansado (RS). Aqui não são oferecidas boas condições para os avaliados (Pista de areia e Horário com 34° no sol), isso influência os resultados? (A turma aqui reclama muito, dizem que no RJ são feitos a noite e com uma pista totalmente apropriada). Como são as 27 pistas pelo país?

Ainda temos diversidades no país com relação às pistas para os testes físicos. Além de Alagoas, vários outros estados tem o mesmo problema. Porém, apesar de não serem as ideais, a verdade é que temos que nos adequar as nossas realidades, e nos prepararmos para fazer o melhor, dentro das adversidades. Assim com acontece nos jogos, no nosso país tropical, o calor estará presente em quase todo o território, o ano todo. A forma de minimizar é buscar um horário menos quente se for possível. No caso específico do Rio, só é feito à noite, porque é o horário que a federação local, tem disponível a pista, apenas isso. Os demais estados, se tiverem tal possibilidade, poderão fazer o mesmo.

12 - Como foi a preparação física dos árbitros que foram a Copa de 2006, 2010 em comparação aos da Copa 2014? Tem como comparar com uma Copa, como a de 70, por exemplo? - 
As recorrentes repetições e por falta de treinamento, apoio, numero excessivo de jogos (calendário apertado) ou as dificuldades do teste. 
A CBF tem um banco de dados com os resultados e o estágio de cada um?

Sobre as preparações das últimas Copas, especialmente sobre a de 2006, posso falar que tive total liberdade e controle sobre o que foi feito e dos resultados conseguidos. Já sobre a de 2010, já houve diferenças no desenvolvimento dos treinamentos e do controle dos árbitros, assim como a de 2014 também apresenta diferenças, só que mais na diversidade de informações e no aumento dos dados coletados, assim como um aumento na intensidade dos testes.

Na primeira, tive que adequar toda a metodologia de treinamento as novas necessidades e exigências dos testes físicos que foram modificados em 2005. Totalmente distinto do que se fazia até então.

Primeiro procurei reconhecer as novas necessidades físicas dos árbitros, para então traçar o planejamento para os próximos 3, 4 e 5 meses até as vésperas da última avaliação para a Copa. Foi uma excelente experiência, já que pude desenvolvê-la aproveitando minha experiência com o futebol, além de poder sentir o que passaram a sofrer os árbitros na hora do teste, pois procurei também fazê-lo, no período de estávamos concentrados na granja Comari para o início de 15 dias de trabalho em janeiro de 2006. Assim caminhamos, e ao voltarem para seus estados, levaram uma planilha de trabalho semanal, que era atualizada ao final de cada semana, até as novas testagens na Suíça em março e abril, quando foram aprovados preliminarmente, e depois onde fizemos novo trabalho de intensificação de treinos em Teresópolis em maio às vésperas da ida para a Alemanha.  Lá, foram novamente testados e aprovados, acabando sendo classificados no aspecto físico, entre os 3 melhores trios internacionais daquela Copa. O que nos trouxe muita alegria, pelo esforço e dedicação de todos durante todo o processo de preparação. Para 2010, a coisas mudaram bastante, pois a Fifa resolveu direcionar as ações de treinamento para os árbitros indicados, e estes, passaram a seguir um planejamento deles, com pouca influência de nossa parte. E é o que continua ocorrendo hoje para 2014, praticamente, todo o trabalho é indicado e direcionado pela Fifa, e cabe a nós, mais dar apoio aos árbitros, quando solicitados, do propriamente determinar o que deve ser feito. Já que o controle é feito por informações enviadas diretamente do árbitro, para FIFA.
13 – Recebi informações que o senhor é muito competente, e todos os árbitros gostam de sua metodologia de trabalho, diferente de seu antecessor Dionísio Domingos, qual o segredo para conquistar todos, e o que o Senhor fez de diferente para ter esta aprovação da maioria?

Em primeiro lugar uma coisa que julgo muito importante, é sempre procurar respeitar a metodologia da cada profissional, e procurar entender suas realidades. Porque existem sempre muitos caminhos, para se alcançar os objetivos, e cabe a cada profissional, escolher e direcionar suas ações, e assim ter seus resultados alcançados. E em respeito a isso, devemos também entender as diferenças, e saber aceitá-las para que a convivências entre as partes possa acontecer em harmonia. Fico feliz com essas afirmações, porém não devemos esquecer o grande trabalho desenvolvido pelo Prof. Dionísio, em um determinado momento em que estive afastado, quando percorreu todos os estados do país ajudando a difundir e corrigir as falhas que aconteciam nestes locais, após as modificações estruturais da arbitragem nacional. A rudeza em alguns momentos pode ter acontecido, porém com total vontade de acertar, e aumentar o espírito de cooperação, responsabilidade, e justiça, para melhoria da arbitragem brasileira em todo território nacional. Sendo assim, talvez a forma de como fazer, seja nosso maior diferencial, e se relaciona creio eu, pelas características pessoais inerentes ao ser humano, mas que não acredito, vieram a comprometer os objetivos a serem alcançados.

14 – Qual a diferença na preparação física de um árbitro e de um assistente? Os testes para os assistentes estão adequados?

Este assunto é sempre motivo de discussão, e logicamente, existem diferenças. O primeiro necessita de uma demanda física superior de resistência e potência combinadas, na direção da partida. Se comparadas as necessidades dos assistentes, que necessitam de mais potência e velocidade em suas funções. Porém a meu ver, a FIFA ainda não encontrou o que realmente almeja para definir o teste ideal para cada grupo de árbitros, e isso se faz visível, em sua procura em novas formas de avaliar a ambas as categorias. Para isso, tem feito experimentos, com a inclusão de novas variações e modalidades de testes, incluindo o campo de jogo, que poderão se encaixar melhor nas reais necessidades dos árbitros e dos assistentes. Favorecendo assim, uma melhor distribuição da avaliação física para o caso de um e de outro. Então, não nos cabe julgar se são adequados, mas corroborar com os estudos, e tentar desenvolver novas formas de avaliação, que se encaixem melhor neste perfil. Enquanto isso não ocorre, devemos nos preparar adequadamente para alcançar os índices necessários para aprovação, e especialmente, para uma ótima direção das partidas.

15 - Resumidamente como é realizado o FIFA TEST. Os preparadores físicos das federações cumprem o protocolo FIFA. Sabe dizer quais as Federações que cumprem os índices completos (sabemos, por exemplo, que em anos anteriores o Rio de Janeiro aboliu o teste dos 40 metros; a comissão alagoana aumentou o tempo, etc.)? Se não cumprem, o que isto acarreta para o setor que o ser dirige quando eles são indicados para compor os quadros da CBF?

De forma geral, o FIFA Test é dividido em categorias, sendo o de categoria 1 para os árbitros internacionais, o de categoria 2 para nacionais, categoria 3 para estaduais e para o gênero feminino.

Em todos, constam uma avaliação de velocidade com 6 tiros de 40m em velocidade com tempos máximos pré-determinados, tendo até 1’30” para fazer o tiro seguinte, até que se complete os 6; seguido a isso, após um intervalo de 6 à 8 minutos, são feitos 20 a 24 tiros de 150 m com tempo máximo pré-definido para cada categoria para árbitros e assistentes. No site da CBF temos todos os pormenores dos tempos a cumprir em cada respectiva categoria.

Entendamos que cada avaliação deve estar relacionada a sua respectiva categoria, no grupo a que se insere o nível de seu árbitro. Sendo assim, toda vez que ocorrer uma avaliação internacional, será cobrado do árbitro, o índice categoria 1. Quando for uma avaliação nacional, se aplicará a de categoria 2, e assim sucessivamente. Então, cada estado, poderá se utilizar para sua avaliação local, do índice que couber a categoria estadual. No momento que o árbitro for indicado a fazer o teste de nível nacional, que será o caso do mês de março, serão cobrados deles, o índice nacional, para que possa atuar em competições nacionais. Para os já internacionais e aspirantes FIFA, será cobrado o índice internacional, para que possam estar aptos a trabalhar também em partidas internacionais, já que ostentam tal escudo, caso contrário, poderão deixar tal categoria se não cumprirem esta exigência. E os aspirantes, para estarem em condições de assumir tal posto, se houver alguma desistência, ou alteração do quadro internacional.

É facultativo as federações decidir como avaliar seus árbitros no âmbito estadual, porém, se estas avaliações forem desproporcionais as necessidades do grupo que almeja ascender ao quadro nacional e até internacional, esta atitude certamente será um tiro no próprio pé, já que não qualifica nem prepara adequadamente seu árbitro para evoluir, física e tecnicamente.

16 – Temos dirigentes com parentes na arbitragem. Eles podem participar destas avaliações. Como agia a CA anterior e como agirá a CA atual?

Que eu saiba, não existe nenhuma restrição a inclusão de pessoas com parentesco na arbitragem, nem creio eu, em qualquer outro setor do país. Salvo esteja enganado, em cargos públicos ou algo do gênero. Creio que qualquer pessoa tem segundo a constituição, direito de participar de qualquer área profissional, desde que preencha os requisitos técnicos para tal, e cumpra seus respectivos deveres. Sendo assim, a meu ver, não há qualquer impedimento legal para essa participação, desde que como disse antes, esteja cumprindo rigorosamente os requisitos a que se propõe.

Devemos lembrar, que em todos os ramos profissionais, temos parentes diretos ou indiretos, atuando em suas áreas, sem nenhum constrangimento. E acredito que também na arbitragem, deva ser assim. Ninguém deverá sofrer represálias por ser, ou ter parentesco com algum integrante da arbitragem. Ao mesmo tempo, que não deverá receber benesses pelo mesmo fato. Devemos seguir o principio da igualdade de direitos, e da capacidade individual. Para isso, existem a Procuradoria e Corregedoria, que são responsáveis em dirimir as dúvidas, receber denúncias, e após analises dos fatos, dar destinação adequada ao processo. Os protocolos físicos avaliativos são todos abertos ao público, e tem total transparência para que nada possa alterar a lisura do processo.

17 – Como era trabalhar com Sérgio Corrêa e como foi com o Aristeu Leonardo?

Dos dois não tenho nenhuma queixa a fazer, assim com disse sobre o Prof. Dionísio, acredito que devemos entender as diferenças das pessoas, para que haja uma boa convivência, seja na nossa casa, seja no trabalho. Logicamente, haverá sempre diferenças, pois o ser humano é diferente um do outro, e também poderá haver divergência de ideias, ou de posições. Porém nada que não possa ser discutido com argumentações criteriosas para se chegar a um ponto comum. Os objetivos principais são os mesmos: “A evolução da arbitragem nacional”.

18 – Quem são os responsáveis pelo pilar físico na América do Sul. Como eles encaram os árbitros pré-selecionados e os demais internacionais?

A FIFA mantém um programa em de apoio e desenvolvimento da arbitragem em todo o mundo chamado RAP. E é responsável em oferecer cursos anuais de aperfeiçoamento nas 3 áreas, sendo na América do Sul em parceria com a Conmebol. Na área física, o Prof. Cristian Rosen que é argentino, é o responsável. Porém, o responsável geral na área física é o também argentino Prof. Alejo Perez, que controla todos os árbitros internacionais, enviando planejamentos de treinos e recebendo os informes dos árbitros com seus planos de treino. Fazem um ótimo trabalho, buscando uma evolução continua por parte dos árbitros.    

19 – Os árbitros internacionais, os aspirantes e os especiais realizarão quantas avaliações este ano? Qual índice será cobrado deles?

A previsão é de 3 avaliações. Seguindo a orientação da FIFA de fazer de 3 a 5 anuais.

20 - E as dificuldades para o gênero feminino. A CBF nunca pensou em fazer uma transição para elas? Por que exigir os índices masculinos, haja vista que tem grandes Federações que não exigem?

Gosto muito desse assunto e foi ótimo ter tocado nele. Até porque sou um estimulador da maior participação feminina na arbitragem, e estive diretamente atuando no processo de transição das avaliações físicas a partir de 2006. Então vamos por partes.

Desde que se iniciou o processo de transição física na arbitragem, todas as categorias e gêneros, foram afetados.  Na medida em que, as alterações foram sendo feitas, com a introdução do FIFA Test, o processo de treinamento também teve que ser modificado para todos. E aí também as mulheres tiveram que se adequar a nova demanda física. Vale lembrar, que tudo foi sendo feito progressivamente, e assim como os homens, que treinavam pouco, e passaram a ter que treinar mais, e de forma diferente. As mulheres tiveram que se adequar a isso também. Infelizmente, a maior “fragilidade física” (não é pejorativo) da mulher nesse caso, ficou mais evidente. Gostaria de destacar, que isso também ocorreu com os homens. E tem uma explicação até simples de se entender... O grande problema dos árbitros de forma geral nos últimos 8 a 10 anos, era que o aspecto físico, não tinha uma cobrança tão grande, e com isso, pouco se precisava fazer para alcançar os índices mínimos necessários para aprovação.

Sendo assim, pouco se treinava fisicamente para se manter arbitrando. Alia-se a isso, uma quase que total inexperiência de formação desportiva, por parte dos árbitros, na sua infância e adolescência. O que isso quer dizer. Que muito poucos tiveram uma experiência atlética prolongada anterior à arbitragem, especialmente na sua adolescência, que facilitaria muito a adaptação a qualquer dos novos processos de treinamento. Sobrepeso e pouco histórico físico pregresso, foram sempre os maiores obstáculos dos árbitros para se adequarem aos novos momentos. E as mulheres árbitras, especialmente, isso foi, e tem sido preponderante nos ainda baixos índices de aprovação. Porém, já melhoraram muitos nos últimos 3 anos. Então, o que tem ocorrido, é que o processo vem ocorrendo já a bastante tempo, e só permanecem, as que superam suas dificuldades para alcançarem os índices masculinos.

Lembro ainda, que o problema não é de “fragilidade física do gênero feminino”, comparado ao masculino, mas sim, de adaptação e assimilação, aos treinamentos físicos necessários para feitura do teste. Um exemplo claro disso, são os diversos resultados expressivos das mulheres, em competições de vários esportes, como atletismo por exemplo. Muito melhores que da maioria dos homens comuns treinados.

Por isso, o que diferencia este processo seletivo, é o tempo de adaptação aos trabalhos físicos, necessários para esse momento. Não, simplesmente ser homem ou mulher. Tudo vai depender do que você trás de histórico de trabalho físico, que características físicas você apresenta, para evoluírem mais rápido neste aspecto. Não podemos esquecer também, que a própria FIFA, exige que as árbitras internacionais que queiram trabalhar nos jogos masculinos, cumpram os índices masculinos. O que, convenhamos é correto e uma forma natural de igualdade de direitos e responsabilidades. Afinal, a cobrança dentro das 4 linhas, não deve ver sexo, cor ou credo, e sim, capacidade técnica, física e mental. E são 3 atributos que as mulheres são em muitos casos, superiores aos homens. Só depende delas, serem perseverantes, para transformar isso em realidade. E estejam certas que sempre terão nosso total apoio.
  
21 - O sr já acompanhou uma competição feminina. Qual a diferença entre o gênero feminino x masculino. Em quanto tempo as mulheres poderão apitar com a mesma aptidão física? Quantas arbitras e assistentes passam no teste masculino e isto representa quanto em percentuais?

Realmente a força física e a dinâmica do jogo ainda apresentam uma diferença considerável. Porém no jogo, as mulheres também tem apresentado grande evolução física  o que os tem tornado mais rápido e disputado. Desta forma as árbitras estão sendo mais exigidas, e com isso, o processo de qualificação vai sendo aumentado também, necessitando maior treinamento e dedicação por parte das árbitras.

O que irá direcionar essa situação, será o grau de determinação e comprometimento por parte das árbitras, sabedoras que tem uma tarefa árdua e desgastante, mas que acredito firmemente, que não demorarão a chegar nesse patamar, e eu torço para isso, porque as considero muito capazes.

Atualmente o gênero feminino da CBF conta com 77 Oficiais de Arbitragem, sendo 11 árbitras, com apenas 1 delas apta para atuar no campeonato masculino (Regildênia Moura, FIFA-SP) e 66 assistentes, com 14 delas aptas. Das Internacionais, terminamos 2012, com as quatro com índices do gênero masculino

22 - No aspecto físico, qual a mensagem para os nossos leitores, para os árbitros e para os que pensam em seguir esta árdua missão?.

Primeiramente, agradecer a oportunidade de tentar buscar esclarecer vários pontos relacionados à preparação física da arbitragem atual, esperando ter respondido com clareza e simplicidade, as questões enviadas. Aos árbitros e futuros árbitros, que continuem firmes em seus propósitos, de evoluir sempre, e não esquecer que a arbitragem é uma atividade apaixonante, envolvente, porém voluntária, ainda não profissional aqui no Brasil. E por isso, não se esqueçam de que só permanecerão, os que realmente estiverem dispostos a pagar um alto preço, dedicando parte da sua vida cotidiana, a treinamentos exaustivos e cobranças constantes. Entendendo que os erros acontecerão em algum momento, mas que poderão ser minimizados, por seu esforço, dedicação, responsabilidade constante e diária.

Um forte abraço a todos e até outra oportunidade.

Gostaríamos de agradecer ao Professor Paulo Camello pelo tempo que foi  desperdiçado com o nosso espaço na internet.  
Nada melhor do que conversar com o mais importante profissional na preparação física dos árbitros da CBF antes de um teste, falo do teste físico de amanhã da CBF no Recife onde estarei acompanhando o desempenho dos árbitros alagoanos que se juntarão aos árbitros Pernambucanos visando a participação nos campeonatos brasileiros de 2013.
Uma grande conquista das nossas reportagens, junto claro ao Apito Nacional que a todo momento esteve na luta para melhorarmos as condições da pista onde se aplica a avaliação para os árbitros alagoanos.
Parabéns a CBF que sensatamente direcionou nossos árbitros e assistentes  para uma pista de verdade com condições humanas de desenvolver o potencial físico dos nossos "apitadores e bandeirinhas".

Não pense que ficaremos por aqui no quesito cobrar mais melhorias para a categoria, estaremos sempre de olho e tentando ajudar da melhor forma possível nossos "Homens de Preto".

Abraço do Paulo Lira.

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

UM BATE-PAPO COM ÍTALO MEDEIROS DE AZEVEDO(RN) O ÁRBITRO QUE COMANDOU CRB X CAMPINENSE PELA COPA DO NE.

Aproveitamos sempre que podemos para conhecer melhor os árbitros brasileiros quando eles estão atuando aqui em Alagoas.

E desta vez bati um super papo com o árbitro Potiguar Ítalo Medeiros de Azevedo, na conversa falamos sobre a recém criada escola de arbitragem, da importância da criação da Corregedoria e da Ouvidoria, do acompanhamento físico e psicológico que a CBF vem fazendo com a arbitragem nacional, da gestão do Coronel Aristeu, da importância de todas inovações criadas pelo Sérgio Corrêa, da profissionalização dos árbitros e muito mais, sem esquecer que conversamos também da importância que esta Copa do Nordeste veio trazer para arbitragem nordestina de uma forma geral. 
Um super papo que você pode conferir colando este link em seu cursor:

http://www.futebolalagoano.com/blogdopaulolira/?p=1417


Agradecemos ao Ítalo a atenção e a forma como recepcionou nossa reportagem.
Obrigado.
FICHA DO ÁRBITRO:
Ítalo Medeiros é um dos melhores árbitros do Rio Grande do Norte. Ele vai apitar o 19º jogo de competição nacional/regional. Por isso preparamos o histórico do árbitro potiguar:

Nome completo
Ítalo Medeiros de Azevedo.
Data de nascimento
Ítalo nasceu no dia 19 de fevereiro de 1975, na cidade de Jardim do Seridó, interior do Rio Grande do Norte. Está com 37 anos.
Início na arbitragem
Começou em 2004 apitando jogos das categorias de base dos campeonatos da Federação Norte-rio-grandense de Futebol.
Primeiro jogo que apitou no profissional
Foi São Gonçalo 3x0 Macau pelo Campeonato Estadual de 2006, no antigo Estádio Machadão, em Natal.
Em que ano entrou para os quadros da CBF
Passou a integrar os quadros de arbitragem da CBF em 2009. 
Jogos mais importantes que já apitou
Foram dois ABC x América e a Final do Campeonato Estadual de 2010 entre ABC x Corinthians.
Um no dia 28 de março de 2010, ABC 1x0 América, no Estádio Frasqueirão e o outro em 13 de fevereiro de 2011. América 0x1 ABC, último clássico do Estádio Machadão.
A Final do Estadual de 2010 foi entre ABC e Coríntians no Estádio Frasqueirão. O Coríntians venceu de 2 a 1, mas o ABC foi o campeão.
Recentemente entrou para a história da arbitragem do Rio Grande do Norte e porque não dizer do Brasil apitando Fortaleza x Sport/PE na re-inauguração do Estádio Castelão no Ceará
Apitou mais de 40 jogos
Ele já apitou mais de 40 jogos do Campeonato Estadual da 1ª Divisão do Rio Grande do Norte desde 2006.
Jogos nacionais
Nos quadros da CBF desde 2009, ele já apitou  mais de 25 partidas de competições nacionais contando com a Copa Nordeste. E em 2012 trabalhou em 9 jogos como AAA (Árbitro Adicional Assistente) na série A.
Outra profissão que exerce
Ítalo Medeiros é Funcionário Público Federal, trabalha na UFRN e é também professor de Matemática da rede Estadual de Educação do Rio Grande do Norte.

Algumas fotos de ontem no Rei Pelé.

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