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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Copa de 2026, com 48 seleções, será disputada nos EUA, México e Canadá

FOTO: REUTERS/SERGEI KARPUKHIN

A Copa do Mundo de 2026, a primeira com 48 seleções, será disputada na América do Norte, com jogos nos Estados Unidos, no Canadá e no México. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, em Moscou, durante o Congresso da Fifa. A candidatura liderada pelos EUA teve 134 votos, inclusive o do Brasil, contra 65 votos do Marrocos, que foi derrotada em sua quinta tentativa de organizar a Copa do Mundo. Uma confederação votou para nenhuma candidatura, e ainda houve três abstenções. 
Oito países não puderam votar: Guam, Porto Rico e as Ilhas Virgens americanas, mais os 4 candidatos (Marrocos, EUA, Canadá e México), assim como Gana, que não veio ao Congresso (presidente da Federação preso e sob intervenção do Governo).
A edição de 2026 vai marcar o início de um novo modelo de Copa do Mundo ? com mais participantes, mais jogos, mais estádios e mais países organizadores. Em vez dos atuais 32 times divididos em oito grupos de quatro, o Mundial terá 48 participantes, divididos em 16 grupos de três.
Os dois primeiros de cada chave avançam aos mata-matas, que terá uma fase a mais do que hoje. O novo formato da Copa do Mundo vai obrigar a Fifa a redesenhar as Eliminatórias, já que todas as confederações terão mais vagas do que têm hoje.
A Copa do Mundo da América do Norte será majoritariamente disputada nos EUA. Das 80 partidas do torneio, 60 serão nos EUA, inclusive a final. As demais 20 serão divididas igualmente entre Canadá e México. Será a segunda Copa dos EUA, que já organiziou o torneio em 1994, e a terceira do México, que abrigou a Copa em 1970 e 1986.
Fifa confirma Copa do Mundo com 48 seleções e overdose de partidas
Esta foi a primeira vez em décadas que a escolha da sede da Copa do Mundo se deu numa votação aberta, com a participação de todas as associações nacionais de futebol. As sedes dos Mundiais de 1990 a 2022 foram escolhidos pelo 24 integrantes do Comitê Executivo da Fifa (hoje rebatizado de Conselho da Fifa). 
A última delas, que resultou na vitória de Rússia (2018) e Qatar (2022) foi marcada por denúncias de corrupção e compra de votos. A eleição desta quarta-feira teve os votos de cada país tornado público imediatamente num telão no centro de convenções onde ocorreu o Congresso da Fifa.
Para convencer os eleitores, a candidatura da América do Norte prometeu lucro recorde para a Fifa e para as associações nacionais. Numa apresentação de 15 minutos para a plateia do Congresso da Fifa, o presidente da federação americana de futebol, Carlos Cordeiro, prometeu uma arrecadação de US$ 15 bilhões, com lucro de US$ 11 bilhões. Como comparação, a Copa do Mundo de 2014 teve faturamento de US$ 4,8 bilhões.
A disputa pelos votos foi marcada pela sombra do presidente americano, Donald Trump. Os marroquinos usaram a postura agressiva do presidente americano para convencer eleitores. O próprio Trump se envolveu pessoalmente na campanha americana. Ele escreveu cartas ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, na qual prometeu conceder vistos "sem precoceitos" para atletas, dirigentes e fãs de todos os países que disputarem a Copa.
A Copa do Mundo de 2022 será disputada no Catar. Para 2030, só há uma candidatura oficialmente lançada ? por Argentina, Paraguai e Uruguai. É provável que China e Inglaterra também se lancem. Não há data prevista para a Fifa tomar essa decisão.
NM com GE
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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Fifa decide excluir o Brasil do Tour da Taça da Copa do Mundo de 2018

O troféu da Copa do Mundo deixou o Museu da Fifa, em Zurique, na Suíça, para visitar até junho do próximo ano 50 países em seis continentes, além de 24 cidades na Rússia, mas não passará pelo Brasil. Será a primeira vez desde que o Tour da Taça teve início, antes do Mundial de 2006, que o troféu mais cobiçado do planeta não viAinda de acordo com a Fifa, o objetivo é levar o troféu a novos territórios. "Em 2018, passaremos em 24 novas federações de futebol que nunca foram visitadas antes, enquanto tentamos garantir a maior presença global possível". A Fifa não divulgou o custo da turnê, que passará pelos países que sediaram os últimos sete Mundiais, com exceção do Brasil: México-1986, Itália-1990, Estados Unidos-1994, França-1998, Japão-2002, Alemanha-2006 e África do Sul-2010.
O Estado, no entanto, apurou com fontes na CBF e na Fifa que um dos fatores que mais influenciaram a ausência do Brasil no Tour da Taça foram acordos comerciais assinados pelas duas entidades. Com patrocinadores rivais, Fifa e CBF só chegaram a um acordo para que o troféu visitasse o País em 2014 para uma longa turnê depois de muito debate sobre como evitar que as marcas da seleção brasileira fossem expostas em eventos com a taça. No caso de 2014, não havia como evitar o mercado brasileiro, sede do Mundial.
Para a Copa da Rússia, a Fifa e seus parceiros comerciais optaram por buscar mercados sem marcas concorrentes, evitando dar espaço para empresas rivais. Na América do Sul, por exemplo, são os casos de Chile, Argentina e Colômbia, os três países escolhidos pela Fifa para a visita da taça.
O troféu da Copa do Mundo deixou o Museu da Fifa, em Zurique, na Suíça, para visitar até junho do próximo ano 50 países em seis continentes, além de 24 cidades na Rússia, mas não passará pelo Brasil. Será a primeira vez desde que o Tour da Taça teve início, antes do Mundial de 2006, que o troféu mais cobiçado do planeta não visitará o único país pentacampeão.
Em nota enviada ao Estado, a Fifa justifica que o Brasil foi excluído da turnê mundial porque o País sediou o último Mundial. "Infelizmente, não podemos parar em todos os países, mas sabemos que alcançaremos milhões de fãs de futebol ao longo da rota que planejamos. Como o país anfitrião da Copa do Mundo de 2014, o Brasil foi amplamente visitado durante a última edição do Tour da Taça", alegou a entidade.
Ainda de acordo com a Fifa, o objetivo é levar o troféu a novos territórios. "Em 2018, passaremos em 24 novas federações de futebol que nunca foram visitadas antes, enquanto tentamos garantir a maior presença global possível". A Fifa não divulgou o custo da turnê, que passará pelos países que sediaram os últimos sete Mundiais, com exceção do Brasil: México-1986, Itália-1990, Estados Unidos-1994, França-1998, Japão-2002, Alemanha-2006 e África do Sul-2010.
O Estado, no entanto, apurou com fontes na CBF e na Fifa que um dos fatores que mais influenciaram a ausência do Brasil no Tour da Taça foram acordos comerciais assinados pelas duas entidades. Com patrocinadores rivais, Fifa e CBF só chegaram a um acordo para que o troféu visitasse o País em 2014 para uma longa turnê depois de muito debate sobre como evitar que as marcas da seleção brasileira fossem expostas em eventos com a taça. No caso de 2014, não havia como evitar o mercado brasileiro, sede do Mundial.
Para a Copa da Rússia, a Fifa e seus parceiros comerciais optaram por buscar mercados sem marcas concorrentes, evitando dar espaço para empresas rivais. Na América do Sul, por exemplo, são os casos de Chile, Argentina e Colômbia, os três países escolhidos pela Fifa para a visita da taça.
PESO POLÍTICO - Nos bastidores da Fifa, a interpretação também é de que se o Brasil tivesse maior influência na cúpula do futebol mundial esse obstáculo comercial seria superado. Aspectos financeiros e políticos também tiveram peso decisivo na exclusão do País. Existem ainda pendências entre o Comitê Organizador da Copa de 2014 que continuam sendo negociadas com a Fifa.
A avaliação é de que a CBF, considerada pela Fifa como a maior confederação nacional de futebol do mundo, teria, em outros tempos, a capacidade de exigir fazer parte da turnê. Desde 2015, após a prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin, acusado de corrupção, Marco Polo Del Nero, atual comandante da entidade, não viaja para fora do Brasil pelo risco de também ser detido.
Nos bastidores da Fifa, a interpretação também é de que se o Brasil tivesse maior influência na cúpula do futebol mundial esse obstáculo comercial seria superado. Aspectos financeiros e políticos também tiveram peso decisivo na exclusão do País. Existem ainda pendências entre o Comitê Organizador da Copa de 2014 que continuam sendo negociadas com a Fifa.
A avaliação é de que a CBF, considerada pela Fifa como a maior confederação nacional de futebol do mundo, teria, em outros tempos, a capacidade de exigir fazer parte da turnê. Desde 2015, após a prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin, acusado de corrupção, Marco Polo Del Nero, atual comandante da entidade, não viaja para fora do Brasil pelo risco de também ser detido.
NM com  Jamil Chade e Raphael Ramos
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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Quanto custa viajar para a Copa do Mundo de 2018 na Rússia?

Ficou com vontade de ir para a Rússia, mas não tem ideia do preço? Os fundadores do site Quanto Custa Viajar, especialistas no assunto, acabaram de voltar do país e contam quanto custa essa viagem.
Amanda Santiago e Fabio Yamahira passaram dez dias no país, fora o tempo de voo, divididos entre Moscou e São Petersburgo. O casal tem uma notícia boa: viajar pela Rússia é menos caro do que eles imaginavam. “Tirando a passagem aérea, os preços lá são muito parecidos com os preços do Brasil”, conta Amanda.
Para fazer uma viagem confortável, sem passar por perrengues, mas também sem luxo, o casal gastou 4 mil reais, incluindo todos os custos, menos as passagens aéreasOs voos pesam bastante no bolso: custam cerca de 4 mil reais, mesmo comprados com antecedência. Como economizar? A Hot Milhas mostra como comprar passagens de avião mais baratas Patrocinado 
“Nós conseguimos uma maravilhosa promoção de passagem e pagamos 2 mil reais por pessoa, mas, com a demanda alta, dificilmente quem planeja ir para a Rússia na Copa vai conseguir esse preço”, comenta Amanda.
Ou seja, para viajar confortavelmente, é provável que você gaste cerca de 8 mil reais, somando a passagem e os custos no país. É bom reservar os voos com, no mínimo, seis meses de antecedência, segundo a editora do site.

Transporte

Na Rússia, é possível viajar de uma cidade para a outra de trem ou de avião. As passagens aéreas são mais baratas que as de trem, segundo Amanda, mas os aeroportos ficam distantes do centro da cidade. Os valores do trem variam conforme o dia e o tempo de viagem.
Os fundadores do Quanto Custa Viajar pagaram cerca de 380 reais por pessoa (valor já convertido do rublo, a moeda da Rússia) na viagem de trem rápido de Moscou a São Petersburgo. Na volta para Moscou, foram de avião e pagaram em torno de 245 reais por pessoa, pela companhia Aeroflot.
“Trem é mais caro porque é mais rápido, mas vale a pena comprar voos internos pelas companhias de baixo custo, com alguns meses de antecedência”, recomenda Amanda.
Nas cidades, o transporte de metrô é o mais barato e funciona bem, segundo a viajante. A passagem de metrô custa cerca de três reais. Os estádios de Moscou e São Petersburgo ficam longe do centro, mas vale a pena ir para os jogos de metrô e trem, pagando cerca de 10 reais por trecho.
Os táxis na Rússia não têm taxímetro e é preciso negociar o valor com o motorista. Por isso, para evitar explorações, a editora do Quanto Custa Viajar recomenda usar os aplicativos Uber, GetTaxi ou Yandex Taxi.
“É melhor evitar os horários de pico, porque o trânsito na Rússia é bem maluco. Andar de carro é uma emoção”, conta Amanda.

Alimentação

Se você quer economizar em alimentação na Rússia, é melhor fugir dos restaurantes. Em Moscou, a taxa de serviço padrão é de 18%. “É melhor comer em fast-foods russas. Você come muito bem, de forma mais saudável, a preços mais amigáveis”, aconselha a editora do site.
Nos supermercados da Rússia, os preços de muitos produtos são mais baratos que no Brasil. “Pagamos 60 centavos em dois litros de água. Só as frutas e verduras que são mais caras”, conta Amanda.

Ingressos dos jogos e atrações

A Fifa já anunciou os valores dos jogos da Copa 2018. Para estrangeiros, o preço dos ingressos parte de 105 dólares (cerca de 350 reais). A venda de ingressos ainda não começou e será anunciada no site da Fifa.
Fora os jogos, o valor das atrações turísticas na Rússia, em geral, é mais barato que no Brasil. Enquanto o ingresso do bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, custa 80 reais, a entrada no Hermitage, um dos maiores museus de arte do mundo, em São Petersburgo, sai por cerca de 35 reais.
Em Moscou, o ingresso para as principais atrações turísticas custa entre 15 reais e 56 reais, segundo o Quanto Custa Viajar.

Hospedagem

Como em qualquer grande cidade, em Moscou e em São Petersburgo há opções de hospedagem para todos os bolsos e gostos. Não vale a pena alugar quarto ou casa pelo Airbnb na Rússia, segundo Amanda, pois há hotéis confortáveis, com boa localização, pelo mesmo preço.
É provável que a hospedagem na Rússia fique mais cara durante a Copa do Mundo, mas, mesmo assim, os preços dos hotéis não assustam em comparação a outras grandes cidades no mundo. “Vale a pena buscar hotéis mais afastados do centro, próximos de metrô. Ficamos em um hotel maravilhoso e pagamos um preço de Ibis”, conta Amanda. É possível encontrar bons hotéis com diárias por menos de 200 reais para casal.
NM com Uol
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quinta-feira, 16 de julho de 2015

No 65º aniversário do jogo, morre Alcides Ghiggia, autor do gol do Maracanazo

Ghiggia segura a taça da Copa do Mundo; peça está no Uruguai agora
Morreu nesta quinta-feira o ex-atacante Alcides Gigghia. Foi dele o gol da vitória por 2 a 1 do Uruguai sobre o Brasil na Copa do Mundo de 1950, na partida que ficou conhecida como Maracanazo. Ele sofreu um ataque cardíaco e não resistiu. Tinha 88 anos, e era o último jogador vivo de uma das maiores partidas da história do futebol.
Coincidentemente, a morte de Gigghia ocorre exatamente no 65º aniversário daquele jogo, disputado também em um 16 de julho, no Maracanã lotado por 199.854 torcedores. O então jogador do Peñarol marcou o gol da virada celeste, aproveitando a famosa falha do goleiro Barbosa, que não defendeu seu chute no canto esquerdo.
Gigghia tinha saúde estável, mas que ficou debilitada depois de um acidente de carro, em 2012, que o deixou no hospital em estado grave. No entanto, ele sempre comparecia a eventos importantes em que era convidado, como o sorteio dos grupos da última Copa do Mundo, que aconteceu em 2013, na Costa do Sauípe, na Bahia.
Dono da medalha de Ordem de Mérito da Fifa, a lenda do Uruguai foi homenageada em 2009, colocando os pés na Calçada da Fama do Maracanã. Ele foi apenas o sexto jogador estrangeiro na história a ter essa honraria, após o chileno Elías Figueroa, o paraguio Romerito, o alemão Beckenbauer, o português Eusébio e o sérvio  Petković.
Agradecido, emocionou-se e chorou.
"Nunca pensei que seria homenageado no Maracanã, estou muito emocionado. Meus sinceros agradecimentos ao público. Agradeço profundamente. Viva o Brasil!".
GETTY IMAGES
Ghiggia Maracanã Uruguai Brasil Maracanazzo
Ghiggia tem os pés na Calçada da Fama do Maracanã, estádio que calou em 1950
Quem foi Alcides Ghiggia
Nascido na capital uruguaia em 22 de dezembro de 1926, Ghiggia começou a carreira de jogador aos 20 anos, no Atlante. No ano seguinte, passou a defender o Sud América, modesto clube de Montevidéu que circulava entre a elite a segunda do país.
Em 1948, apenas dois anos antes do Mundial do Brasil, Ghiggia chegou ao Peñarol. O clube foi campeão nacional em 1949 de forma invicta. Além daquele jovem ponta-direita, a equipe tinha o ótimo goleiro Máspoli, o aguerrido centromédio Obdulio Varella e um ataque mortal, com Schiaffino, Míguez e Vidal.
O grande time do Peñarol acabou se tornando a base da seleção uruguaia que viajou para o Brasil em busca do bicampeonato mundial. E Ghiggia, o menos famoso daquela linha de ataque antes da Copa, acabou tornando-se uma das estrelas do time.
EFE
Ghiggia durante homenagem no estádio Centenário, antes de Uruguai x Jordânia
Ghiggia durante homenagem no Estádio Centenário
O ágil ponta-direita ganhou espaço ao longo da competição. Com a desistência da França, o Uruguai teve apenas a Bolívia como adversária na primeira fase. Na goleada por 8 a 0, o destaque foi Míguez, com três gols; Ghiggia marcou o último, aos 38 do segundo tempo.
Na fase final, o ponta voltou a marcar. Foi dele o gol que abriu o placar contra a Espanha, em duelo que terminou empatado por 2 a 2. Quatro dias depois, Ghiggia marcou o primeiro da vitória por 3 a 2 sobre a Suécia.
Quando os uruguaios chegaram à última rodada do quadrangular final, contra o Brasil, no Maracanã, Ghiggia já era um nome conhecido. Afinal, ele era o único jogador uruguaio que havia feito gols em todas as partidas.
Na "decisão" do Mundial, os brasileiros entraram na decisão como franco-favoritos. Com melhor campanha na fase final, a seleção jogava por um empate; uma vantagem que, aliada à euforia da torcida, criava um clima de vitória anunciada em todo o país. 

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Maracanazo, o fantasma que é maior para estrangeiros do que para brasileiros
Um clima que contagiou, também, as milhares de pessoas que lotaram o Maracanã. Não há registros precisos do público daquela partida. A Fifa adota 173.850 como número oficial. Mas há quem diga que eram 190, 200 mil pessoas nas arquibancadas.
Uma multidão que fez festa durante 79 minutos de jogo. Um país inteiro que vibrou no gol de Friaça, aos 2 minutos da segunda etapa, e que pouco se preocupou quando, aos 21, Schiaffino faz 1 a 1. Um povo que esperou, segundo após segundo, pelo primeiro título mundial. Mas, no meio do caminho, havia Alcides Ghiggia.
A cena não sai da cabeça dos brasileiros. O ponta recebe a bola pela direita, avança e chuta cruzado, quase sem ângulo. A bola não sai forte, mas quica no gramado e passa entre o goleiro Barbosa e a trave esquerda.
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Atacante do Uruguai, Ghiggia comemora gol contra o Brasil na final da Copa do Mundo de 1950
Ghiggia comemora seu gol no Maracanazo
O gol foi o segundo do Uruguai e selou a derrota por 2 a 1, a maior tragédia do futebol brasileiro em todos os tempos (até o 7 a 1 de 2014...). Foi, também, o quarto de Ghiggia em quatro jogos naquele Mundial. Curiosamente, o ponta jamais voltou a marcar pela equipe celeste. Foram ao todo 12 partidas e aqueles quatro gols, todos marcados na Copa.
Depois de se tornar herói nacional, Ghiggia ainda ficou no Peñarol por três anos. Em 1953, foi contratado pela Roma, onde ficou até 1961. Em 1957, o ponta-direita defendeu também a seleção italiana.
Ghiggia poderia ter disputado outras duas Copas do Mundo. Mas quis o destino que o Mundial de 1950 fosse o único do carrasco brasileiro - em 1954, a Roma não liberou o ponta-direita para jogar pelo Uruguai; quatro anos depois, quando defendia a Itália, ele viu a equipe ficar fora da Copa do Mundo na Suécia.
De volta a Uruguai, Ghiggia ainda defendeu o Danúbio, antes de se aposentar. O herói nacional passou a trabalhar como funcionário de um cassino em Montevidéu ao lado de Obdúlio Varela, companheiro de Peñarol e de seleção uruguaia. Ali, aposentou-se pela segunda vez, garantindo condições financeiras de se manter até o fim da vida.
Em 2009, Ghiggia, já com problemas de saúde e dificuldades de locomoção, voltou ao Maracanã para receber a maior homenagem da carreira. O uruguaio foi o centésimo jogador a colocar os pés na Calçada da Fama do estádio que havia calado 59 anos antes. 

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Em 2013, Ghiggia entrou em campo para ver o seu maior feito no telão; relembre

NM com espn.uol.com.br
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

FINAL DA COPA DE 58: UMA RELÍQUIA HISTÓRICA DO FUTEBOL MUNDIAL

Estava na sala de esportes do Timaço da Gazeta quando o chefe, Waldemir Rodrigues me chamou em seu computador para me mostrar uma relíquia do futebol mundial, a filmagem original da grande final da Copa do Mundo FIFA de 1958 onde o nosso Brasil conseguiria seu primeiro título vencendo a anfitriã Suécia por 5 a 2 em uma partida épica e de muitas curiosidades. O mestre Waldemir, como bom comentarista, fez várias colocações no pouco tempo que assistimos, como por exemplo, a forma com que as duas equipes tocavam a bola demonstrando que o tal do tic-tac do futebol espanhol na Copa de 2010, já existia desde aquela época.
Um lance engraçado envolvendo a arbitragem da partida me chamou atenção, o meia da Suécia lança uma bola nas costas do zagueiro capitão brasileiro Bellini e ele pula e agarra a bola com a mão, o árbitro francês Maurice Guigue sai correndo em sua direção, chega perto do defensor, conversa e não lhe apresenta o cartão amarelo pela atitude anti-desportiva. 
Maurice Guigue apitou o histórico jogo Suécia x Brasil na Copa de 58
Olhei para o chefe e disse:
" Oxe, ele não vai mostrar o cartão não é?" 
Waldemir disse: 
"PL, nessa época não existia cartões não, a arbitragem advertia os atletas verbalmente. 
Pois é, eu confesso que não sabia que os cartões vermelhos e amarelos só tinham sidos encorporados na regra do jogo na Copa do mundo de 1970. Antes havia expulsões e advertências, mas sem a utilização deste instrumento. Antigamente o cartão era dado depois de três fases; o jogador cometia duas faltas para cartão amarelo, levava-os e poderia continuar jogando, na terceira, era vermelho na hora.

O criador e sua criatura
O responsável pelo resgate histórico foi o engenheiro Carlos Augusto Marconi(foto), 64 anos, um especialista em telecinagem que montou um verdadeiro quebra-cabeças durante anos até concluir o trabalho em 2008. Só nesta semana, no entanto, por ocasião de uma reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", o material foi disponibilizado no Youtube.

Para construir a transmissão da vitória brasileira por 5 a 2 diante dos donos da casa, a Suécia, o engenheiro utilizou áudio ambiente retirado de
uma película inglesa, com imagens obtidas em 2006 e narradas em russo. Ele as usou como base em vídeo e cobriu as imagens com áudios de rádios
brasileiras.
O trabalho com o som foi ainda mais difícil. Além do áudio ambiente, ele queria usar narrações brasileiras da época. Mas os arquivos que obteve da Rádio Bandeirantes e da Rádio Nacional não tinham a narração completa.Cada um omitia uma parte do jogo. Por isso, ele resolveu juntar as duas. Como naquela época havia um narrador para cada lado do campo, a versão final ficou com quatro narradores. Faltou apenas um minuto do jogo para cobrir com o áudio, que ficou apenas com o som ambiente da partida.

Assista ao vídeo CLICANDO AQUI 

APOIO:
FOTOGRAFIA PROFISSIONAL
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