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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ÁRBITRO DE FUTEBOL: BICO OU PROFISSÃO?

Presidente da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf), Sérgio Corrêa
O dilema da arbitragem brasileira coloca na mesma balança árbitros que ganham mais de R$ 100 mil em um Campeonato Brasileiro, outros que sequer entram no sorteio para as competições nacionais e uma realidade de atrasos e pagamentos abaixo de um salário mínimo. O tema é complexo e a discussão, antiga. Desde outubro de 2013, por decreto da presidente Dilma Rousseff, há um reconhecimento da profissão, mas, na prática, pouco mudou. O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf), Sérgio Corrêa, não vê chance de profissionalização sem a inclusão da tecnologia e avalia risco de surgimento dos "chinelinhos do apito" com salários para árbitros e assistentes. 
Marco Martins, Presidente da ANAF
O Presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf), Marco Antônio Martins(foto), questiona o vínculo dos juízes com as comissões de arbitragem e Jorge Rabello, representante do Rio de Janeiro, fala em “utopia de profissionalização” enquanto a Lei Pelé não for aplicada às Consolidações das Leis Trabalhistas (CLT). 
São opiniões bem diferentes.

Um dos chavões mais antigos quando se debate a qualidade dos árbitros brasileiros, a cobrança pela profissionalização dos juízes e bandeirinhas está na boca de treinadores, jogadores, jornalistas e torcedores a cada rodada e cada erro nas partidas. A realidade, no entanto, mostra que há parcela representativa da classe que vive sim dos vencimentos do futebol. Em média, um juiz do quadro da Fifa ou da CBF apita de 15 a 20 jogos por ano no Brasileiro da Série A. A taxa nesses jogos pode chegar a quase R$ 4 mil por partida (veja o quadro com a comparação das taxas da arbitragem abaixo) e há finais de campeonato – o Carioca é um exemplo – que pagam até R$ 8 mil ao juiz.  
INFO - Salários da arbitragem no Brasil (Foto: Editoria de Arte)

Corrêa e Martins estão em lados opostos quando se discute os custos da profissionalização. Para o presidente da Conaf, “não tem federação que consiga bancar”, por exemplo, além de eventuais salários e passagens, centros de treinamento para capacitação dos árbitros e assistentes. Outra questão problemática para ele seria a logística para agrupar os árbitros de futebol.   

Jorge Rabello é Presidente da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Rio (Foto: Reprodução SporTV)
Presidente da Coaf-RJ, Jorge Rabello
O presidente da Coaf-RJ, Jorge Rabello, levanta outra questão: a legislação. Ele explica que, apesar do reconhecimento da profissão pelo decreto da presidente Dilma, não houve mudanças na prática. Ele acredita que a profissionalização só será possível a partir do momento em que os árbitros tiverem os mesmos direitos trabalhistas que os atletas.

É sem dúvida uma discussão que não
chegará ao fim nem tão cedo, mas que todos possuem um pouco de razão em suas colocações não podemos negar. Mas acredito que a persistência do Presidente da ANAF, Marco Martins, com uma boa e maleável ajuda do Presidente da C.A.CBF, Sérgio Corrêa, chegaremos a várias conquistas significativas neste ano de 2015. O NM acredita nisso, torce por isso.
Nm com globoesporte.com
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